Recém-nascidos
Muitos pais estão curtindo a chegada do bebê em casa. É uma explosão de fofura, aquele ser tão pequenininho, aquele chorinho agudo, aquele cheirinho de nenê, aquele sono de tirar o sono dos pais de primeira viagem (Volto no tempo quando meu filho mais velho nasceu e eu tinha tanto medo, toda hora ia verificar se estava respirando!).
O bebê não sabe sabendo… inclusive mamar. Ele já nasce com o reflexo de sugar, mas assim como a mãe vai aprender a amamentar (a de 1ª viagem), o bebê vai aprender junto. E esse processo, até ele sugar bem, varia de bebê a bebê (tem bebê que no 3º dia já está craque enquanto outro leva semanas).
Porém, mesmo sendo tão novinho, é possível já fazer a estimulação para ajudar no seu desenvolvimento. A estimulação é a chave: quanto mais estimulado, mais coisas o bebê será capaz de fazer e de interagir com o meio e com as pessoas. O amadurecimento do bebê se desenvolve em etapas e a ciência explica isso: a formação dos circuitos neurológicos é induzida pela mielina, uma substância branca e gordurosa que recobre as células nervosas, tendo como função o tráfego de impulsos nervosos entre as células, ativando a sinapse que é a comunicação entre neurônios. Se a criança é estimulada, cada habilidade que ela já possui é aperfeiçoada ou se combina com outras já aprendidas.
No primeiro mês, o bebê vai aprender a controlar seu corpo. A musculatura dos olhos ele ainda não consegue controlar, ele ainda não enxerga muito bem (somente objetos mais próximo dos olhos). Por isso, é tão comum a presença de móbiles nos quartos dos bebês.
O olhar do bebê é atraído para objetos em movimento e cores chamativas. No momento em que ele para de olhar, é porque não tem mais interesse nessa atividade. Mostre sempre brinquedos coloridos, mova-os de um lado para outro, fazendo com que ele acompanhe o movimento com os olhos ou com a cabeça. Muito cuidado com brinquedos com sons ou luzes, mostre-os com cautela. A audição do bebê está desenvolvida desde o 5º mês de gestação e depois do nascimento continua apurado – e ele demonstra predileção pela voz materna.
Estimule o bebê com o espelho. Mostre o seu rostinho e vá apontando e falando as partes do rosto (nariz, olho, bochecha etc)
Nesse período também use e abuse das músicas. Insira músicas na hora de acordar, hora de mamar e hora de dormir. Estimule-o também com músicas só tocadas (confira aqui uma playlist de Rock de Ninar no Spotify).
Os outros meses…
No segundo mês, o bebê já consegue virar o rosto de lado quando colocado de bruços, além de já apresentar o reflexo do sorriso, de erguer o queixo e de estender o corpo para trás quando levantado. Ele já consegue ver o rosto das pessoas com mais detalhes e pode reconhecer as pessoas do seu meio de convívio. No terceiro mês, o bebê já consegue segurar alguns brinquedos com as mãos e tanto eles quanto suas mãozinhas são sempre levadas à boca. Quando coloca o seu bebê em pé, ele tenta se apoiar nas próprias pernas e o padrão de sono começa a mudar: se antes, quando recém-nascido, dormia de 20 a 22 horas por dia, a partir de agora passa a dormir 16 horas. Ele já começa a virar o corpinho de lado e tenta se comunicar com os pais através de balbucios.
No quarto mês, provavelmente estará mais ativo durante o dia e dormindo a noite toda. Ele tenta pegar objetos suspensos e passa brinquedos de uma mão para a outra. Começa a explorar o corpo com as mãos. Chora quando é deixado sozinho e gosta de brincar de “Cadê o bebê?”. A partir daqui, o bebê passa a perceber que o som acompanha os movimentos da boca. No quinto mês, o bebê começa a se mexer a partir da cintura, durante o banho se diverte batendo as mãozinhas e pézinhos na água (tem o controle desses membros). O bebê já está perto de sentar.
No sexto mês, o bebê já senta e tenta se equilibrar ao pegar os brinquedos ou objetos que estejam perto dele. Interage cada vez mais com o ambiente, consegue arranhar, chutar, se balançar, esfregar, debater. É possível que o bebê já role sozinho no berço. No sétimo mês, o bebê passa a apoiar as duas mãos no chão e quando sofre uma queda, o cérebro envia uma mensagem de que ele não pode tirar as duas mãos no chão para pegar um objeto, pois pode cair novamente. Ele começa a fazer os movimentos de pinça (pega objetos utilizando o polegar e o dedo indicador). Gosta de bater palmas. A partir do oitavo mês, o bebê começa a entender o não e percebe quando é separado da mãe. Aprende a jogar os objetos e passa a compreender que tudo o que vai (brinquedo atirado ao chão), volta (brinquedo tirado do chão e entregue nas suas mãos). Senta sem apoio e pega objetos próximos de si sem cair.
No nono mês, começa a engatinhar e começa a tomar decisões por conta própria. Entre 10 e 11 mês, começa a ficar em pé e se apoiar para dar os primeiros passos.
Sugestões de atividades
A equipe de professores que coordeno pesquisa atividades na internet (Pinterest, Google, Facebook) e desenvolve como os pais podem trabalhar com seus bebês. Seguem as imagens e se alguma pertence a você, entre em contato para que eu possa lhe dar os devidos créditos.
Brincar com brinquedos musicais, estimulando-o a tocar, soprar.
Manipular bexigas – sempre com supervisão de um adulto.
Brincar na frente do espelho, fazer caretas, imitações.
Os bebês que estão entre três e quatro meses podem ser colocados de bruços por alguns minutos.
Brincar de “Cadê o bebê?”
Deixar manipular diversos objetos, como tampas…
tecidos que podem ser colocados e retirados de potes…
manipular objetos dentro da banheira, durante o banho…
manipular pregadores de roupas – que podem estar preso na roupinha para ele retirar…
embalagens de ovos de páscoa, caixas, tubos, latas.
Colocar o bebê o chão e em volta alguns brinquedos distantes, para estimulá-lo a alcançá-los.
Manipular garrafas ou luvas sensoriais, que podem ser preenchidas com papéis, ervas (cheiro-verde, camomila, orégano), grãos, algodão.
colar brinquedos com fita crepe para ele descolar da parede
Manipular macarrão cru ou cozido
Manipular ervas aromáticas.
Essas são algumas sugestões… aproveite bem o tempo com o seu bebê, ele cresce. Essa fase passa muito rápido.
Referências:
Revista Crescer (aqui e aqui)
Pinterest
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