Apostila de Leitura para Alfabetização

Preparei essa apostila para minha amiga profª Cleide trabalhar leitura com a sua turma de 1º ano:

Montei com alguns excertos de imagens do Google. Você poderá adquirir e imprimir no tamanho tradicional (sulfite) ou pequena (meia sulfite, basta mandar imprimir duas páginas por folha). São 37 páginas! Fiz uma modificação das primeiras páginas, colocando todas as palavras e frases com letras em caixa alta.

Para adquirir o arquivo, clique aqui.

Caça-Palavras feito com sucata

Em 2015, no programa É de casa, o designer Peter Paiva ensinou a construir um caça-palavras utilizando coisas que a gente costuma jogar no lixo. No programa, ele utilizou um quadro negro para fazer a base, mas é algo que pode ser substituído, por exemplo, por uma placa de papelão ou placa de mdf (talvez de um quadro que você nem ache mais bonito), tampinhas de refrigerante e elástico de dinheiro. Para as sílabas das palavras, pode usar recortes de revista.

Esse é o gabarito do caça-palavras:

As marcações são de acordo com a metragem do quadro, bastando você adaptar de acordo com a metragem do material plano que você escolheu.

Nesse caça-palavras, a sugestão de tema foi frutas. Podemos montar de qualquer tema. O ideal seria ter os elásticos de cores variadas, caso mais de uma pessoa participe da procura e cada um circula a palavra encontrada com o elástico da cor escolhida. As tampinhas podem ser coladas no tabuleiro com cola quente e as sílabas podem ser substituídas por outras. Caso deseje assistir o vídeo mostrando como o tabuleiro foi organizado, clique aqui.

Podcast Origem – Episódio 16 – Letra Cursiva

Hoje, durante o trajeto que percorro de casa à escola, escutei o Podcast da Profª Janaína Spolidório sobre a letra cursiva e achei muito interessante o que foi abordado, já que vim de uma geração que era alfabetizada com a letra cursiva e hoje temos uma outra realidade: são apresentadas a letra bastão, depois insere-se a imprensa minúscula para chegar na cursiva.

Se esse assunto te interessa, te convido a ouvi-lo agora mesmo. Está disponível no Spotify e também no Youtube.

Neste episódio de Origem, a professora Janaina Spolidorio traz um assunto importantíssimo para educação no Brasil: a Letra Cursiva. Debatendo e expondo as necessidades dessa habilidade, junto ao professor Pedro Cardenas, faz paralelos com a musicalização e traz exemplos de atividades práticas de como introduzir a letra cursiva para os alunos desde a pré-escola até o 2º ano fundamental.

Cartilha Caminho Suave

Já tenho o blog a tantos anos e ainda não havia feito uma postagem sobre a cartilha Caminho Suave. Meu pai foi alfabetizado por ela, eu também e um dos meus filhos que teve dificuldade na alfabetização que é trabalhada na escola, foi alfabetizado por ela também (eu o alfabetizei).

É a cartilha mais conhecida do Brasil. Foi elaborada pela professora Branca Alves de Lima.

caminho suave

Quando a professora Branca lecionava no interior paulista, o método analítico (olhar e dizer) era o utilizado para alfabetizar. Observando a dificuldade que seus alunos tinham para aprender a ler e a escrever, aproveitou o momento que o MEC deu liberdade didática aos professores e criou o seu método de alfabetização pela imagem.

Ela utilizava ilustrações semelhante à letra utilizada.

 

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Ela percebeu que as crianças esqueciam menos quando associavam a letra a uma figura. Então, o método iniciava mostrando as vogais, depois as sílabas e na sequência as palavras.

A professora chamou muito a atenção do governo depois que muitos dos seus alunos aprenderam com seu método. Em 1948, Branca publicou a sua cartilha e no período de 1940 até 1990, foram vendidas mais de 40 milhões de exemplares. Na década de 1980, a autora desenvolveu materiais de apoio para cartilha: cartazes, carimbos, baralhos e livros de exercícios.

Fez parte do catálogo do Ministério da Educação até 1995 e vende cerca de 10 mil exemplares por ano.

Para quem quer matar as saudades da apostila ou conhecer, clique aqui.

 

Referências

Jornal do Brás

Infoescola

Segredos do Mundo

Duro na Queda

Dicas para ajudar na alfabetização

Fui procurada por uma amiga que está preocupada com a filha. Ela tem demostrado dificuldade em aprender a ler e escrever e a mãe quer aproveitar o tempo da quarentena para ajudá-la.

Antes de mais nada, durante a nossa conversa, perguntei se ela gostava da escola, como era o relacionamento dela com a professora e demais colegas. É importante descobrir, antes, se não era um problema de afetividade. Então, ela me disse que a filha não participou da Educação Infantil, entrou direto no Ensino Fundamental.

A vantagem da criança que ingressa na Educação Infantil é a estimulação, em primeiro lugar. A criança é estimulada a todo tempo, são apresentados os números, as letras, as cores, as formas, a coordenação motora. Dependendo da intensidade dessa estimulação, muitas vezes a criança chega pré-alfabetizada no Ensino Fundamental. Mas isso não quer dizer que tudo está perdido para quem não ingressou antes. A chave do sucesso está na estimulação, na persistência e na rotina diária.

alfabetização

Algumas dicas que passei para essa mãe:

TORNAR A CASA UM AMBIENTE ALFABETIZADOR

Como? Deixar a criança ter acesso a diversos gêneros textuais (livros ilustrados, gibis, revistas, poemas, anedotas), lendo com ela e mostrando a grafia das palavras. Ela pode até fazer uma pseudoleitura (contar a história, como se estivesse lendo).

Nomear as coisas de casa com crachás – nomear janela, armário, parede, banheiro… mostrar essas palavras para a criança, pedindo para que ela identifique as letras, sílabas, a própria palavra, para associar o nome ao objeto. O mesmo vale para produtos de higiene, limpeza e alimentação, sempre falando qual a função de cada produto.

Que tal aproveitar esse momento de isolamento social e ir à cozinha para preparar uma receita? Escreva ou imprima o passo a passo de uma receita culinária e aproveite esse momento para ler e cozinhar com seu (sua) filho (a). A vantagem desse tipo de atividade é ajudar tanto na alfabetização da língua portuguesa quanto na matemática.

Pode também realizar uma brincadeira oral, de falar objetos que comecem com a letra A, por exemplo, e ir acrescentando outras letras do alfabeto. Conforme a criança sentir facilidade, pode tornar a brincadeira um pouco mais difícil (como essa brincadeira que está nesse link).

Pode também pedir para a criança treinar a escrita do próprio nome, nome de outros familiares e a mãe pode ir aumentando a lista, colocando objetos, animais etc. Pode até montar fichas com o nome acompanhado da figura.

Indiquei também o uso da cartilha Caminho Suave (Clique aqui para ver)

Sim, sei que há muitas pedagogas que não recomendam, porém é de fácil manuseio por parte dos pais. Inclusive, eu antes de ser pedagoga, alfabetizei um dos meus filhos com ela porque ele tinha dificuldade em acompanhar o que estava sendo ensinado na escola.

Bom, essas são as minhas primeiras dicas para quem tem filho(a) nessa fase e espero ter ajudado 😉