Projeto Desfralde

Projeto Desfralde

Objetivos

  • Ensinar a criança a controlar os esfíncteres e utilizar o banheiro para suas necessidades fisiológicas;
  • Ensinar a higiene após utilizar o banheiro (uso do papel higiênico, dar descarga, lavar as mãos);
  • Ajudar a criança a conquistar a autonomia.

Desenvolvimento:

1ª aula

Habilidades BNCC

(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.

(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.

 No início da aula, mostrar para os alunos uma fralda descartável e imagens de penico, vaso sanitário, banheiro. Perguntar para que serve a fralda, quem a usa, mostrar as imagens dos itens do banheiro e perguntar/falar para que serve cada um deles.

Na sala, será criado um ambiente simbólico do banheiro, colocando cadeiras como penicos ( ou levar penico para a sala) ou vasos sanitários, mesa como pia(colocar embalagem de sabonete, disponibilizar uma pequena toalha), trazer bonecos para a sala e brincar de faz de conta de desfralde com as crianças. Esses bonecos, virão utilizando fraldas descartáveis e cada criança receberá uma para “ensinar”. A professora sentará em roda com as crianças, falando a elas que vão brincar de tirar o bebê da fralda e perguntará a eles quem utiliza fralda, quem já consegue usar o banheiro sozinho ou pedir para fazer xixi/coco. Como se os bonecos fossem crianças, a professora falará que hoje vamos treinar todos a saírem das fraldas, perguntando ao boneco:

-Você quer fazer xixi? E coco?

Tirar a fralda e levar ao penico/vaso. Orientar que todos façam a mesma coisa com os seus bonecos. Depois que o boneco fazer suas necessidades, pegar um pedaço de papel higiênico e mostrar como faz a limpeza e, depois, lavar as mãos. Explicar aos pequenos porque devemos lavar as mãos sempre depois de usar o banheiro. Deixar as crianças interagirem entre si, deixando que explorem bastante essa brincadeira.

 

2ª aula

Habilidades BNCC:

(EI02ET06) Utilizar conceitos básicos de tempo (agora, antes, durante, depois, ontem, hoje, amanhã, lento, rápido, depressa, devagar).

(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

 

Fazer uma roda de conversa com as crianças, perguntando de que jeito nosso corpo demonstra que a gente está com vontade de ir ao banheiro. A professora pode demonstrar com atitudes e convidar os alunos a fazerem o mesmo. Aproveitar o momento para ouvir a fala das crianças, perguntando como elas sabem que está vindo a vontade de fazer xixi, coco e até de soltam um pum, para que elas vão internalizando o conceito de que o nosso corpo envia sinais (ex.: quando a gente está com sono, com fome, como a gente sabe?). A professora pode levar imagens de crianças que demonstrem estar com vontade de ir ao banheiro e aliviadas, observar como elas interagem com essas ilustrações.

Nesse momento, as crianças são levadas até o banheiro para explorar esse ambiente. Durante a exploração, falar para elas que será iniciado o desfralde deles. Que vai ser muito legal nas próximas semanas e que não precisam ficar com medo e que depois que não utilizarem mais as fraldas, eles vão sentir mais livres e vão ficar mais a vontade.

 

  Nos próximos dias/semanas…

Em primeiro lugar, é necessário avisar aos pais sobre esse projeto. Na faixa etária dos 2 anos (depende da criança, algumas são mais cedo, outras mais tarde), as crianças já vão demonstrando que conseguem controlar os esfíncteres e querem se desvencilhar da fralda. O desfralde deve ser feito em parceria escola-família.

Iniciado o projeto, nos próximos dias, a família deve fornecer mudas de roupas e várias calcinhas/cuecas. Tomando como experiência o que já trabalhei com meus filhos e quando eu era professora do Infantil II, o método que utilizei foi o seguinte:

 

  • Tira-los das fraldas e colocar a roupa íntima, seguido da calça/bermuda/saia. Avisar que está sem fralda e se fizer xixi, coco, vai sujar. Porém, não tem problema. Apesar de ficar sujo, a professora vai limpar e trocar.
  • Assim que tira a fralda, levar ao banheiro para tentar fazer xixi. Alguns já conseguem fazer nesse momento.
  • Cronometrar para perguntar ou levar ao banheiro de 15 em 15 minutos. Crianças que já reconhecem os sinais do seu corpo, já pedem para serem levados.
  • Quando fizer coco, incentivá-la a dizer tchau durante a descarga. Uma maneira lúdica de trabalhar com ela durante a excreção;
  • Na próxima semana, aumentar o tempo de ida ao banheiro a cada 30 minutos. Depois, fazer o teste: aguardar se pedem para serem levados. Os que pedirem para serem levados, já conseguem controlar os esfíncteres. Seu trabalho já deu resultado.
  • Durante o desfralde pode acontecer períodos de evolução e regressão.
  • Respeitar o ritmo de cada um; geralmente, as meninas saem primeiro das fraldas.
  • A cada criança que consegue sair das fraldas, comemorar! Elogia-la bastante e incentivar os outros.

 

Esse processo pode levar 15, 30, 45 dias ou mais. É necessário paciência, dedicação e persistência. Quando eles saem da fralda, é lindo!

 

Atividades a serem desenvolvidas…

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Fontes: parte desse projeto foi do site Nova Escola (Clique aqui e veja na íntegra); Pra Gente Miúda; imagens foram retiradas dos buscadores, caso uma delas seja sua, entre em contato para que sejam dados os devidos créditos.

Projeto Dicionario no site Rede de Experiências

A alguns meses, enviei ao site Rede de Experiências o projeto que desenvolvo com as turmas de quinto ano, o Projeto Dicionario. Fiquei super orgulhosa em poder compartilhar com outros professores que também compartilham seus projetos no mesmo site. Para visualizar, clique aqui e seja redirecionado. Para verificar o projeto nesse blog, clique aqui.

Álbum de figurinhas do Projeto Dicionário

Para quem está habituado a visitar meu blog, já viu o Projeto Dicionário que trabalho a alguns anos com turmas de 5° ano (e no final da postagem, há um link do mesmo projeto adaptado para o 3° ano).Nesse ano trabalhei o projeto com algumas modificações e muitos outros exercícios que em breve postarei aqui. A culminância desse projeto nesse ano com a turma que trabalho foi a montagem do mural, que se deu da seguinte maneira: cada aluno recebeu os adjetivos que receberam dos colegas para colocar em ordem alfabética no caderno. Depois de conferir comigo, o aluno passou os adjetivos a caneta para uma folha timbrada que em seguida foi para o mural acompanhada da sua foto. O mural ficará exposto para outros colegas da escola.O que eles não esperavam é a lembrança que preparei para eles: um álbum de figurinhas do projeto.Esse álbum foi adaptado de um que achei no site Namorada Criativa. Eu fiz o download, fiz as modificações que queria e adaptei para fazer no tamanho um pouco maior que uma carteira de trabalho. Depois que imprimi as folhas, fiz a colagem uma a uma com fita adesiva dupla face. Imprimi também o envelope das figurinhas, que são as fotos dos integrantes da turma (feitos em papel fotográfico adesivado) e depois embalei como está na foto.Em breve disponibilizarei aqui um álbum para que você possa adaptar para sua turma (estou aprendendo a mexer no programa).

Mostra Cultural/Feira de Ciências 2018 – Subtema – Remédios e Medicamentos: qual a diferença?

Fiquei algum tempo sem alimentar o blog, mas aproveitando o entusiasmo para preparar atividades para meus próximos alunos, resolvi escrever sobre a feira de Ciências na qual meus alunos do 5º ano participaram com afinco na última escola onde trabalhei.

O tema central da Feira, também chamada de Mostra Cultural era Do experimento à experiência. O conteúdo que resolvi trabalhar com a turma foi sobre os remédios e medicamentos, haja vista que muitos acham que ambos são as mesmas coisas.

O projeto elaborado ficou assim:

 

Mostra Cultural e Feira de Ciências 2018

Escola Educativa

Professoras organizadoras: Fabiane Batista & Jacqueline Bagistério Bueno

Introdução

O presente projeto visa mostrar a organização e sistematização do subtema “Remédios e Medicamentos,qual a diferença?”, dos 5ºs anos A e B da Escola Educativa, com o objetivo principal de despertar o interesse pela investigação científica.

Durante todo o projeto, os trabalhos se darão de forma coletiva e interdisciplinar, contribuindo com a difusão desse conhecimento entre a comunidade escolar.

Justificativa

A melhor maneira de aprender é fazendo, sendo assim, a mostra cultural permite aos alunos aprofundar os conhecimentos sobre determinado assunto através da experimentação.

Durante o ano letivo, dentro do tema trabalhado, os alunos poderão compreender melhor um ramo da ciência como os cientistas: observando, experimentando, investigando, especulando e comprovando a validade das hipóteses mediante experimentos,com o objetivo de aprender ainda mais.

Objetivo Geral

  • Despertar o interesse pela investigação científica de forma interdisciplinar,criativa e contextualizada.

Objetivos Específicos

  • Divulgar a cultura científica;
  • Compreender a diferença entre remédio e medicamento;
  • Aprender sobre os malefícios da auto-medicação;
  • Descartar corretamente medicamentos vencidos;
  • Estimular alunos para a produção de trabalhos científicos;
  • Desenvolver o espírito crítico;
  • Valorizar a criatividade dos alunos.

Metodologia

Atividades a serem desenvolvidas

  • Elaboração do projeto
  • Aulas expositivas sobre remédios e medicamentos
  • Criação de medicamentos pelos alunos
  • Pesquisas sobre medicina alternativa
  • Palestra sobre automedicação
  • Elaboração de cartazes a serem expostos na Mostra Cultural
  • Exposição de remédios caseiros na Mostra Cultural

 

Então, durante o ano letivo, algumas aulas foram reservadas para trabalhar o tema. Os alunos aprenderam:

  • a diferença entre remédios e medicamentos;
  • o processo da criação de um medicamento;
  • o processo de produção de um medicamento;
  • biopirataria;
  • informações das caixas de medicamentos;
  • ler a bula;
  • função de um farmacêutico;
  • importância de seguir fielmente a prescrição médica;
  • medicina dos antigos (medicina alternativa);
  • automedicamento e superdosagem;
  • descarte correto dos medicamentos vencidos.

 

Algumas atividades foram feitas com os alunos, como a criação por parte de cada um deles de um medicamento. Como exemplo para eles, criei um chamado Risotril, com o objetivo deles explorarem a criatividade. Foi incrível! Criaram medicamentos para “problemas” inusitados, teve aluna que até criou um medicamento para desenvolver a consciência ecológica das pessoas!

Trabalhamos, entre os mais diversos assuntos dessa área, a medicina dos antigos. Muitos dos alunos relataram o que seus pais e avós faziam quando eles estavam doentes, inclusive fazendo uma miscelânea do tratamento médico com a medicina da vovó (chás, banhos, etc).

A culminância do projeto se deu na Feira de Ciências. Orientei aos alunos irem de jaleco, como se fossem farmacêuticos e conforme as pessoas chegavam a nossa sala, eles explicavam tudo o que era relacionado ao projeto.

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Durante todas a feira, os alunos serviram aos visitantes águas saborizadas. Uma delícia!

Adorei trabalhar esse conteúdo com a turma. Todos aprendemos muitas coisas interessantes relacionadas a esse tema.

 

 

Projeto Dicionário

Trabalhando com a turma do 5º ano, cheguei à conclusão de que eles precisam saber manusear com eficiência esse poderoso recurso: o dicionário. Muitas vezes, durante as explanações, levantam as mãos e perguntam o significado de diversas palavras; alguns alunos reclamam que, quando estão em casa, perguntam aos pais e eles não tem paciência para dizer. Visando também trabalhar a autonomia e a iniciativa própria, resolvi montar e aplicar esse projeto.
 
Naveguei na internet e não encontrei projetos prontos. Fiz uma miscelânea de diversos planos de aula que encontrei para poder trabalhar com eles. 
 
As atividades que fizeram impressas, foi da Janaína Spolidório, que você pode comprar através desse link. Essas atividades não poderei compartilhar no blog, por motivos óbvios.
 
Voltando ao projeto, vamos aos objetivos:
 
  • valorizar o uso do dicionário na aprendizagem de novo repertório lexical;
  • despertar a curiosidade para o uso do dicionário;
  • conhecer as partes do dicionário;
  • buscar palavras no dicionário de um modo mais eficiente;
  • usar a sequência alfabética como recurso nas buscas de palavras e leitura de listas, agendas, dicionários, enciclopédias;
  • trabalhar a autonomia e iniciativa própria.
 
Na aula de apresentação do projeto, colar no quadro a seguinte imagem:
 
Questionar os alunos:
 
  • O que veem nessa imagem?
  • Qual é a fisionomia do rapaz?
  • O livro tem muitas ou poucas páginas?
  • Que tipo de livro ele está lendo?
 
Depois de ouvir as respostas e hipóteses levantadas pelos alunos, fazer o seguinte questionamento:
 
Será que ele está consultando o pai dos burros?
 
Talvez, os alunos não conheçam essa expressão. Explicar aos alunos que antigamente essa expressão era muito usada. Não se tem a origem exata, mas essa expressão popular vem de um dos dicionários mais famosos do Brasil, o Aurélio
 
O pai de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira era fabricante de carroças e era muito elogiado pelos seus clientes, ao ponto de muitas vezes eles não terem palavras para se expressarem. O então menino Aurélio criou o seu primeiro dicionário para anotar os elogios que os clientes poderiam utilizar para elogiar o trabalho do seu pai.
 
Aurélio nasceu em Passo do Camaragibe, Alagoas, em 3 de Maio de 1910. Foi professor desde os 14 anos, formou-se advogado e em 1929 mudou-se para o Rio de Janeiro e foi professor do Colégio Dom Pedro II, lecionando até os 70 anos. Foi um notável tradutor do francês, espanhol e italiano. Faleceu em 28 de fevereiro de 1989.
 
A expressão pejorativa pai dos burros já foi muito usado pelas pessoas em geral; entretanto, com a difusão da informação e da cultura, essa expressão mesmo se ainda for usada, não demonstra ignorância, mas inteligência em querer aprender palavras e significados novos.
 
Curiosidades
 
1. Quais palavras da língua portuguesa não tem tradução literal em outros idiomas?
R. saudade, cafuné, farofa, malandro e malemolente.
 
2. Qual é a maior palavra da língua portuguesa?
R. Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, com 46 letras e é a pessoa que sofre de uma doença pulmonar causada pela aspiração de cinzas vulcânicas.
 
3. Sempre surgem novas palavras (tuitar, por exemplo) e outras caem no esquecimento:
 
quiprocó: confusão
chumbrega: estranho, feio
carraspana: bebedeira
 
O Aurélio Online tem mais de 230.000 verbetes.
 
 
Na segunda aula do projeto, os alunos receberão essa atividade elaborada por mim. É uma reportagem que eles deverão ler, grifar com lápis de cor as palavras que não conhecem, procurá-las no dicionário e escrever os significados no caderno e colocar os sinônimos de palavras escolhidas no texto. 
 

Na terceira aula, a professora perguntará a cada um dos alunos  o nome dos membros da sua família (pai, mãe, irmãos) e irá anotando no quadro. No caderno, os alunos deverão anotar todos esses nomes em ordem alfabética. O objetivo dessa atividade é trabalhar a sequência alfabética que é necessária aos alunos para encontrarem as palavras no dicionário.

 

 
Nessa mesma aula, os alunos montarão o dicionário da turma. Esse dicionário irá conter os nomes de cada aluno e professores, com descrições de natureza física e afetiva sobre os colegas, incorporando etimologia, abreviações e outros conceitos importantes. Confeccionarão um cartaz com esses dados para exposição no corredor da escola. (Nesse link tem a opção como álbum de figurinhas)

 
 
Na quarta aula, os alunos participarão de uma atividade lúdica. Todos os alunos ficarão em pé no fundo da sala. No meio da sala, estará duas mesas com os dicionários deles dispostos lado a lado. Serão orientados a ficarem virados para a parede, enquanto a professora escreve o nome de uma palavra (no total serão 10, até o final do jogo). Ao sinal da professora, todos se viram ao mesmo tempo, leem a palavra e vão até o seu dicionário, procurar a palavra e ir até o quadro e ler o significado. O aluno que encontrar mais palavras, ganha um brinde.
 
 
Na quinta aula, serão selecionadas pela professora, algumas palavras que não são usadas pelos alunos. Será montada uma tabela no quadro, com  a palavra, uma coluna com o significado que a turma levantou a hipótese e depois o significado verdadeiro. Os alunos vão comparar se as hipóteses que levantaram condiz com o que realmente é.
 

 

Na sexta aula, participarão de um stop modificado: receberão uma lista como as que são feitas no jogo, contendo os seguintes itens 
 
  • nome feminino
  • nome masculino
  • objeto
  • profissão
  • animal
  • flor
  • cor
  • cep
  • carro
Depois que todos receberem as suas listas, deverão preencher os dados com as letras do alfabeto, consultando o dicionário para encontrar palavras quando tiverem dificuldades ou não lembrarem. Os alunos terão meia hora para preencherem a lista. Depois que terminar o tempo, cada aluno deverá ler os itens que respondeu, marcando as seguintes pontuações:
 
  • 10 pontos para palavras não repetidas;
  • 5 pontos para palavras repetidas;
  • 0 pontos para as não respondidas.
O aluno que fizer a maior pontuação, ganha um brinde. Clique aqui e baixe a planilha do stop.
 
 
Na sétima aula, os alunos deverão produzir um texto ou copiar um texto ditado pela professora. A professora recolherá e grifará as palavras que estão ortograficamente incorretas e devolverá aos alunos, para que consultem o dicionário para encontrar a grafia correta e corrigir o texto.
 

Essas são as atividades que serão conduzidas aos alunos, além das atividades impressas da Janaína Spolidório.

 

Projeto Dicionário adaptado para 3º ano – clique aqui.